Pular para o conteúdo principal

Holding Familiar

Holding Familiar

A Holding Familiar se fundamenta na garantia e manutenção do patrimônio conquistado por seus titulares, incluindo o sucesso de eventuais empresas pertencentes à família, perpassando de geração em geração. A Holding Familiar pode ser utilizada como um instrumento de planejamento societário tornando seu estudo indispensável para adequação aos objetivos da família. 
Em outras palavras ela pode ser utilizada como uma forma de planejamento sucessório que visa a antecipação da legítima, com a divisão do patrimônio empresarial e particular em vida pelos patriarcas, visando diminuir custos sucessórios e colaborar com a manutenção do patrimônio no seio da família.
Ao se tratar de uma empresa familiar, e optando pelo criação de uma Holding Familiar, o seu patriarca pode designar uma pessoa competente para administrar a empresa permitindo a continuidade do negócio da família. De outra forma, como acontece tradicionalmente, o  herdeiro que adquiriu as quotas de empresa, por meio de um inventário, pode não ter qualquer afinidade com o negócio da empresa, dando fim a empresa familiar.
É importante que se entenda que a Holding Familiar pode ser utilizada por qualquer família que queira proteger, aumentar e preservar os seus bens. Isso quer dizer que se uma pessoa tem um único imóvel ela pode criar uma Holding Familiar? Sim! A pessoa pode abrir uma Holding Familiar para proteger, preservar e fazer crescer os bens da sua família.
Ao contrário do que muitos pensam a holding além de seu importante papel na consolidação do poderio econômico de um respectivo grupo econômico empresarial por meio do exercício de controle centralizado, ela pode ser utilizada por qualquer família. O ganho na utilização desta ferramenta no planejamento sucessório é muito significativo justificando o seu uso para atender as necessidades de uma família, principalmente quando a família tem como intenção fundamental a de garantir a manutenção do patrimônio conquistado por seus familiares por muitos e muitos anos, além de reduzir legalmente a carga tributária incidente sobre a transmissão dos bens aos herdeiros, bem como evitar as penhoras e expropriações dos bens da família por terceiros.
Não se pode imaginar ou cogitar a ideal do uso da Holding Familiar como meio para prejudicar terceiros de boa-fé, como é o caso daqueles que buscam transferir seus bens em razão de dívidas particulares, ou que querem retirar bens de herdeiros legítimos. Caso isso aconteça, comprovado a pratica ilícita, decorrente de atos praticados com o mero objetivo de fraudar direitos alheios, autorizada está a desconsideração da personalidade jurídica e a consequente expropriação do bem. Porém, não sendo está finalidade, a constituição de uma Holding Familiar é certamente um mecanismo de proteção patrimonial permitindo uma sucessão tranquila e uma estrutura societária e tributária eficaz, fortalecendo o patrimônio familiar.

Saiba quais são as principais leis aplicáveis às Holding Familiar?

  • Constituição Federal
  • Código Tributário Nacional (Lei nº 5171/1966)
  • Código Cívil (Lei nº 10.406/2002)
  • Lei de Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/1976
  • Lei nº 7.689/1988
  • Lei nº 9.249/1995
  • Lei nº 9.532/1997
  • Lei nº 9718/1998
  • Lei nº 10.705/2000
  • Lei nº 10.637/2002
  • Lei nº 10.833/2003
  • Lei nº 11.196/2005
  • Lei nº 11.441/2007
  • Lei nº 12.441/2011
  • Lei nº 16.098/2014
  • Lei nº 12.973/2014
  • Decreto-Lei nº 1.598/1997
  • Decreto-Lei nº 2.065/1983
  • Decreto-Lei nº 3.000/1999
  • Lei Complementar nº 123/2006
De certo que estas não são as únicas leis aplicáveis, devendo considerar também as legislações vigentes de cada Estado onde serão constituídas a Holding Familiar ,bem como os bens (imóveis e móveis) das famílias. O assunto não pode ser esgotado em um único post, por isso não deixe de acompanhar as publicações do blog. Até a próxima!

Saibas mais direito - Holding Familiar
Autor: Hilton Silva
hilton@silvaadvogado.adv.br
Fone: (11) 3578-6001

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como fazer e quanto custa o inventário

        Quando o dono de um patrimônio não realiza em vida o planejamento sucessório, no qual é possível definir o que cada um dos seus sucessores vai receber após a sua morte, a família deve optar pela realização do inventário. Trata-se de um processo que pode sair bastante custoso e levar tempo.       Então, se você tem interesse em saber como fazer e quanto custa o inventário, continue lendo este artigo e confira as informações nos tópicos a seguir. •     Como fazer inventário •     Quanto custa o inventário Como fazer inventário            Veja quais são os principais passos que envolvem a realização de um processo de inventário. •      Contratação de um advogado            O advogado é um profissional imprescindível no processo de inventário. Por isso, ele deve ser contratado o quanto antes. O melhor é escolher um profissional experiente na área de direito sucessório e de famílias, assim, o processo tende a ser mais ágil. •      Descobrir se não há um testamento e levantar o patri

7 passos para o seu planejamento patrimonial sucessório ser um sucesso em 2021

  Ainda tem vontade de iniciar o seu planejamento patrimonial sucessório e conquistar a proteção e perpetuação do seu patrimônio familiar? Eu estou com você. Vou te ajudar. Antes de qualquer coisa, escreva todas os seus patrimônios e uma folha de papel ou   planilha descrevendo o tipo de patrimônio e seu respectivo valor atual, e vamos juntos montar um plano de ação para iniciar o seu planejamento patrimonial sucessório e garantir o sucesso da sua iniciativa. Tá pronto? Vamos lá!  O planejamento patrimonial e sucessório é um plano de ação criado pelo patriarca ou matriarca como um conjunto de boas práticas que tem o propósito de cuidar de forma adequada do patrimônio visando o crescimento dos bens seja de uma empresa, de um indivíduo ou de uma família inteira por gerações evitando o processo de inventário, reduzindo o custo, protegendo os bens e inibindo conflitos entre os herdeiros. Confira cada etapa do plano de ação e mãos à obra Identificação dos herdeiros:  identifique os herdeiro

DIREITO DO TRABALHO

1.1. História             À luz da história, podemos compreender com mais acuidade os problemas atuais. A concepção histórica mostra como foi os desenvolvimentos de certa disciplina, além das projeções que podem ser alinhadas com base no que se fez no passado, inclusive no que diz respeito à compreensão dos problemas atuais. Não se pode, portanto, prescindir de exame. É impossível ter o exato conhecimento de um instituto jurídico sem ser proceder a seu exame histórico, pois se verifica sãs origens, suas evolução, os aspectos políticos ou econômicos que o influenciaram.